THE SNOBS: MATÉRIA POSTADA NO BLOG ONE DEGRAU

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

The Snobs

Um rock autêntico de múltiplas referências, ponteios de viola e influências regionais, surgida na pequena e pacata cidade de Paraíbuna, interior de São Paulo, a THE SNOBS é uma banda de indie rock composta por Phill (voz, saxopet), Jeff (guitarra, violão e backing vocal), Mark (guitarra, violão), Lyloo (baixo, backing vocal), Johnny (percussão, backing vocal) e Break (bateria).

A banda já se apresentou em inúmeros eventos independentes e alternativos, em 2008 foi destaque na categoria de música mais comunicativa com hit “Maktub” no 23º Festival da Canção de Itanhandu – MG.

Em 2009 lançou seu primeiro trabalho de gravação, o EP “Saudações Snobianas” com 6 faixas.Em 2010 a banda lança seu primeiro disco com 11 faixas intitulado “Nós que aqui estamos por vós esperamos”, o CD começa com um repique de sinos que foram extraídos da Torre da Igreja Matriz de Santo Antônio de Paraíbuna, logo após começa “Atemporal” com uma letra confessional que propositalmente se contradiz de forma genial em cada verso.Não posso deixar de falar das minhas faixas preferidas, “Sublime a espera do Inferno” que traz versos questionadores como o trecho: “Suba, apesar desta queda que você terá além da estrada...” e “Se foi tanto tempo de espera pra nascer...”, tem também “Laboratório” uma letra maluca que faz você viajar em cada verso, e “Corpo Seco” que conta a história de um ser imortal, cuspido pela terra, rejeitado por Deus e pelo Diabo; dizem que ele é carne grudada no osso e que vive vagando pelas matas de Paraíbuna.O álbum vem repleto de elementos enigmáticos de Paraíbuna, inclusive do cemitério “Nós que aqui estamos por vós esperamos” como:

A Estrela de cinco pontas: Está localizada num degrau em frente à igreja bem no meio do caminho, dizem que a morte é certa para aqueles que pisarem na estrela;

Símbolos do Zodíaco: O CD vem estampado com a imagem que está no relógio da igreja, cada Padre tem uma explicação diferente sobre o significado;

O Pavão: O pavão que está nos azulejos da Igreja, representa a eternidade para o cristianismo e tambem para os Hare Krishnas;

Disco Voador: O disco voador na capa representa o grande número de contatos alienígenas ocorrido na cidade. Muitos dizem que é devido à atração magnética causada pelos minérios de algumas regiões;

Repique de Sinos: a um bom tempo o tocador vem reclamando de vozes que gritam socorro enquanto ele toca o sino. O repique foi gravado pela igreja e enviado ao vaticano onde estão estudando as vozes que se misturam entre os timbres assombrados.

A autoria das letras é dividida entre a baixista Lyloo e o vocalista Phill, letras inteligentes que soam sinceras e diretas de forma poética.

Eis a banda The Snobs…

5 Perguntas para a Banda The Snobs:

One Degrau: O CD "Nós que aqui Estamos por Vós Esperamos" é bem enigmático na questão visual, de onde surgiu a idéia de usar essas imagens do cemitério de Paraíbuna?

Phill e Johnny: Surgiu no momento em que a banda optou em buscar elementos que destacassem a sua regionalidade, não apenas nas composições mas também no aspecto visual do álbum.

No desenvolvimento da idéia, já existiam referências da cidade remexendo no CD, o que faltava era representar suas polêmicas imagens.

Não são exclusivamente do cemitério mas de várias partes de nosso quintal como: o relógio zodiacal da igreja da matriz que estampou o CD, a espingarda da revolução de 32 nas mãos do Jeff na capa, a representação alienígena atraída pelo magnetismo da região, o casamento que nada mais é que uma prestação de contas à sociedade... Os elementos se juntaram e representaram muitas idéias e visamos compartilhar essas peculiaridades despertando interesse nas pessoas.

OD: Vocês são uma banda que além de boa música, possuem identidade visual, são "snobs" (risos). Isso já foi motivo para duvidarem do potencial da Banda ou ajudou de alguma forma?

Lyloo e Break: Tudo que é diferente acaba de alguma forma chocando, quando iniciamos na música assim como qualquer outra banda iniciante também não sabíamos tocar, optávamos sempre pelos 3 ou 4 acordes... Porém tínhamos um diferencial, enquanto as outras bandas da cidade estavam fazendo fielmente seus covers, nós estávamos fazendo som autoral, isso alarmou um falatório tamanho... O nome da banda surgiu justamente disso, da descrença de muitos, resolvemos literalmente “snobar” as críticas (risos).

Nunca seguimos tendências, sempre tivemos esse estilo mais largado, mais retrô, e isso gera desconfianças, rola um preconceito sim por parte de muitos, mas acredito que nossa identidade visual também nos ajude e isso é essencial numa banda, não da pra sair da festinha de aniversário de 5 anos de seu irmãozinho e subir ao palco com a mesma roupa. Tocar é um ritual e merece todo um tratamento, é como o dia da noiva (risos).

Agora ter somente uma embalagem bonita não rola, a bolacha tem quer ser boa, crocante,

fina!!!

OD: Vocês são uma Banda filiada ao Circuito Fora do Eixo, como começou essa parceria? E como isso refletiu na divulgação da Banda?

Break: Essa parceria começou no primeiro semestre de 2010, e ela nos impulsionou, tanto como banda quanto como artistas, junto dessa parceria conseguimos abrir algumas portas em 2010 e ela nos deu forças para criar o nosso próprio coletivo que é o Maiêutica, a parceria nos ajudou a alcançar outros públicos e a divulgar também na forma do boca a boca. Ainda estamos afinando esta parceria, mas já sentimos que ela ainda vai render muitos frutos.

Para mim FDE é a nova Tropicalia, agora digital, não vejo outro caminho para bandas, produtores e artistas independentes terem visibilidade.

OD: No Clipe da música "Duas pra lá, Duas pra cá" vocês usaram elementos circenses, como malabares, mágica e pirofagia, qual a ligação entre esses elementos e a música? E como foi a produção do roteiro do Clipe?

Lyloo: A ligação desses elementos com a música está na verdade além da música, todos nós temos um pé na arte de uma forma geral, já passamos pelo teatro, pela dança e pelo circo antes de chegar na música. Hoje ela é nossa prioridade, mas as outras artes sempre estarão presentes e interligadas de alguma forma. A principio todas as idéias foram jogadas no papel, queríamos que todas as nossas influências fizessem parte do clipe, num segundo momento resolvemos criar uma ligação desses elementos com a história que a música poderia nos contar, até porque se apenas jogássemos todas as maluquices no clipe ninguém ia entender (risos).

OD: Quais os projetos para 2011? Deixem um recado para os leitores do One.

Snobs: 2010 foi um ano de muitas conquistas, nada fácil também, foi como tirar leite de pedra e tiramos (risos).

2011 vamos buscar mais visibilidade nacional, nosso objetivo é viver de música, sabemos que é uma tarefa árdua, mas vamos encarar o desafio.

Ficamos muito contente quando soubemos que One Degrau era do Litoral Norte, acho que o litoral é uma grande vitrine para as bandas independentes e precisamos consolidar uma cena na Região (Cone Leste Paulista). Pedimos pra galera acompanhar e divulgar tanto o blog One Degrau quanto o da The Snobs. E é isso galera peguem carona nessa espaçonave do sertão e vivam o surrealismo do dia a dia. Bons ventos para todos nós e muita energia positiva neste ano!

Clique aqui e baixe o CD "Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos" do The Snob's